segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Produção: etapas do projeto

Estou fazendo um projeto para produzir soja na fazenda e estou estruturando o projeto da seguinte forma: 


A. Seleção da área
  1. Em 2012, gostaria de plantar 400ha de soja em uma propriedade que tem 5,5 ha, sendo aproximadamente 3,5 mil abertos. Qual é a melhor forma de selecionar esta área? Lembrando que o solo em Paranatinga não é muito regular e muitas áreas vão poder ser descartadas.
  2. Nos próximos anos, eu pretendo ampliar esta área para 800ha; é melhor definir a área ou podemos fazer isto depois?
B. Investimentos
  1. Qual será o investimento em máquinas (descrição do equipamento e preço aproximado)?
  2. Quais as etapas da produção/colheita que eu posso terceirizar sem comprometer a produtividade? A intenção é reduzir o investimento em maquinário.
  3. Qual o investimento em calcário? Em que época do ano temos que fazer este investimento? (o PRNT do calcário de Paranatinga é muito baixo)
  4. Tem mais algum investimento para ser feito?
C. Produção
  1. Vai ser possível plantar soja no primeiro ano?
  2. Qual será o custo do plantio?
  3. Como será o fluxo de gastos (calcário e custos do plantio) ao longo do ano?
  4. Vai ser possível fazer plantio no inverno, mesmo que seja para alimentar o gado? Lembrando que chove muito em Paranatinga e é arriscado plantar soja precoce.
  5. Qual é a curva esperada de produtividade da soja?
D. Colaboradores
  1. Quantos funcionários eu vou precisar e quais as funções?
  2. Como existe forte sazonalidade, eu posso ter funcionários temporários?
E. Consultoria Agrícola
  1. Quais as etapas do projeto que a Consultoria Agrícola pode participar?
  2. Mesmo sendo reduzida a área, vocês podem ser responsáveis pela produção?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Mercado: semana com USDA, IBGE e Conab

Esta semana o USDA vai divulgar a estimativa de oferta e demanda. Este é o relatório mais importante do mês e vai ditar o comportamento da soja nas próximas semanas.
encontrei um site que pode ajudar na temporada da soja, que é o da Bolsa de Cereales (http://www.bolcereales.com.ar/). Tem informações de  produção e de clima e nesta época do ano vai entrar na minha rotina diária.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Mercado: comentário diário


Comentário de abertura: soja não deve alterar a tendência de alta.
  1. Agenda - emprego nos EUA.
  2. Clima - expectativa de chuva na Argentina, mas não muda muito o cenário.
  3. SPX - está sustentando próximo de resistência importante. Acho que está acumulando e vai romper. É importante observar a reação do mercado ao indicador de emprego que vai sair hoje.
  4. DXY - estável, após as altas recentes.
  5. OIL - se a tensão Irã x EUA arrefecer, o preço tende a refletir o menor crescimento econômico e recuar. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Maquinário: como reduzir custos com manutenção?

Os gastos com conserto de tratores na fazenda tem sido muito elevados, estou procurando desesperadamente alguma forma de reduzir estes custos. Como não estou derrubando mata, não acredito que as condições sejão tão adversas a ponto de justificar o valor dos custos. Restam duas alternativas: (i) falta de manutenção; (ii) mão-de-obra não preparada.

Para atacar o primeiro problema, estou procurando informações sobre operação e manutenção de equipamentos agrícolas, em especial, de tratores. Não encontrei fonte adequada sobre o assunto, apenas alguns vídeos no YouTube, mas meramente informativos. Vou pesquisar na internet os manuais de tratores.

O segundo passo vai ser o investimento no treinamento da mão-de-obra.

Mercado: disciplina é fundamental

É mais fácil começar o dia de trabalho com algumas tarefas mecânicas, por isso distribuo as tarefas da seguinte forma:

Início do dia:
  1. Calendário de indicadores.
  2. Sites de clima.
  3. Comportamento do mercado (commodities, bolsas e moedas).
  4. Leituras de jornais, publicações de bancos  e consultorias e sites.
  5. Definição das estratégias.
Durante o dia: muito trabalho!

Fim do dia: avaliação dos impactos das notícias no preço dos seguintes ativos:
  1. Moedas (todas com relação ao USD): BRL, EUR, AUD, CAD, GPB e JPY.
  2. Commodities: Soja, Milho, Trigo, Algodão, Açúcar, Cobre e Petróleo e boi.   
  3. Bolsas: IBOV e SPX.

Mercado: humor está deteriorando

O comportamento do humor do mercado está parecido como o transito em São Paulo. A cidade começou  o ano com trânsito maravilhoso, mas diariamente mais pessoas retornam para a cidade e os engarrafamentos começam a aparecer lentamente....

Os fatores responsáveis pelo bom humor no início do ano foram:
  1. Desempenho da economia dos EUA melhor que o esperado.
  2. Expansão da liquidez dos FED e ECB
  3. Enfraquecimento da inflação na Ásia, o que possiblitaria a expansão da liquidez. 
No entanto, aos pouco o mercado relembra que os velhos problemas ainda não foram resolvidos:
  1. Recessão Baixo crescimento na Europa e sem perspectiva de mudança a curto prazo.
  2. Insustentabilidade da dívida de alguns países.
  3. Risco elevado de contágio da eventual saída da Gré de algum país da Zona do Euro.  
  4. Incerteza sobre a reação das autoridades à desaceleração do crescimento na China.
Ou seja, o ano mudou, mas os problemas não desapareceram.... 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Mercado: fundamentos dos preços da soja

Evidentemente, o preço da soja está atrelado à oferta, mas supondo que seja constante, o comportamento do mercado será influenciado por três fatores principais:
  1. S&P 500 (SPX) - índice de ações da bolsa de Nova Iorque, que seria uma indicação do comportamento da demanda.
  2. Dollar Index (DXY) - que é a referencia do preço. Quanto mais alto, menor o preço da soja.
  3. Petróleo (OIL)- estimativa de custos.
Nesta semana, o SPX está subindo, DXY caindo e OIL subindo devido ao aumento da tensão dos EUA com o Irã. Além disso, a estimativa de safra na America do Sul está caindo por conta do clima (La Niña).

Neste momento, os fundamentos, movimento de mercado e gráfico da soja são de alta. Por enquanto, é para ficar comprado. 

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Clima: noções básicas sobre La Niña

Vou utilizar esta postagem para organizar as informações que eu acumular sobre o La Niña, que é o fenômeno climático que está influenciando a safra 2011/12. Três informações
  1. La Niña: fenômeno climático provocado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico (no El Niño, ocorre o aquecimento).
  2. Efeitos: no sul do hemisfério sul o regime de chuvas tende a ser abaixo do normal. No caso do Brasil, o RS (terceiro maior Estado produtor de grãos) tende a ser o mais afetado, mas os impactos podem se extender pelo PR, MS e SP. O Uruguai, Paraguai e, sobretudo, a Argentina são os países mais afetados.
  3. O período de maior influencia, em geral, ocorre de dezembro a março.
Caso o leitor esteja interessado em informações completas sobre La Niña e El Niño, segue uma lista de sites:
  1. Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos http://www.cptec.inpe.br/   também tem conjunto de informações, além de cursos.
  2. National Oceanic Atmospheric Administration http://www.noaa.gov/  - é abrangente e com muitas animações, mas é mais focado nos EUA. 




Estudo, estudo, estudo.....

Estou organizando meus estudos em tópicos e estou com com a seguinte agenda:
  1. Maquinário - os gastos com manutenção de tratores na fazenda tem sido muito elevados, deve ter alguma forma de diminuir. Estou interessado em operação e manutenção de equipamentos agrícolas, em especial, de tratores. Não encontrei fonte adequada sobre o assunto, apenas alguns vídeos no YouTube meramente informativos.  Vou pesquisar na internet os manuais de tratores.
  2. Topografia - ainda não decidi o software e as ferramentas que vou utilizar, preciso conversar com topógrafos. Quero ter muito controle sobre a fazenda e acompanhar a evolução da cultura por talhão. 
  3. Solo - correção do solo - estou lendo o livro da Embrapa.
  4. Produção: inclui a escolha das sementes, plantio, tratos culturais e colheita  sistemas produtivos de soja.
  5. Clima - ainda não tenho método de acompanhamento, mas vou fazer alguns comentários sobre este assunto ao longo do ano.
  6. Mercado - vou acompanhar macroeconomia (demanda e custos) e clima (oferta).
  7. Gestão - inclui segurança no trabalho - vou estudar este tema com obsessão, pois os acidentes graves são comuns mais comuns na agropecuária do que se imagina - as estatísticas sobre esse assunto são raras. Os custos com treinamento e equipamentos serão elevados, mas necessários para reduzir os acidentes.
Com o tempo, vou tentar reduzir o número de tópicos, mas, para um iniciante, acho mais didático desta forma.



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Topografia: NDVI foi a primeira novidade

No meu planejamento, a primeira novidade foi o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (Normalized Difference Vegetation Index - NDVI). Trata-se de indicador gráfico utilizado para medir a vegetação da área pesquisada. Eu vi alguns mapas com a evolução do índice de vegetação em determinada fazenda e achei muito interessante.Fiquei pensando nas áreas da fazenda que foi investido muito recurso (calcáreo, adubo...) e o pasto não vingou.

Por enquanto, é tudo o que sei, mas vou estudar esse assunto com muito rigor, pois pode ser importante para fazer agricultura de precisão.

Primeiro passo

Apesar do ceticismo dos meus amigos, resolvi plantar soja no Mato grosso. Sei que tenho dois problemas graves: (i) não tenho experiência como agricultor; (ii) vou acompanhar o trabalho de São Paulo, ou seja, a 1700 km de distância. No entanto, para aumentar a chance do sucesso, vou abusar da tecnologia e das técnicas de gestão.

Atualmente a fazenda está sendo utilizada para engorda de gado e o primeiro passo será o levantamento topográfico, que inclui a analise das altitudes e declividades do terreno, com precisão de 5m. Além disso, vou calcular o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada(NDVI) para ter uma pista das melhores áreas da fazenda. Este índice não vai ser muito preciso, pois a vegetação é muito rasteira (área de pasto), mas espero que ajude.

Vou contratar uma empresa de topografia de uma cidade vizinha e que tem mais tradição em agricultura. Estou achando o serviço caro R$ 1,75/ha medido   mas preciso desta informação (encontrei preços mais baixos) e a empresa foi indicada pela assessoria agropecuária que pretendo contratar. Eu vou precisar dos dados do georeferenciamento também, mas a empresa contratada para fazer este trabalho ainda não entregou os resultados finais.